Colaboração e Consciência são o Remédio

Fique em casa. Diante da pandemia, é preciso reforçar a necessidade do isolamento social neste momento, como forma de quebrar a cadeia de transmissão da doença Desde que a epidemia da covid-19 chegou ao Brasil, recebemos informações a todo instante. Por se tratar de uma nova doença, é fundamental acompanhar atualizações e se manter atento às novas recomendações de prevenção. Considerando a experiência de outros países, neste momento, o isolamento social é importante e necessário, com o objetivo de diminuir o pico de casos que pode vir pela frente e evitar sobrecarga ao sistema de saúde. O primeiro passo é entender quais são os cuidados necessários para a prevenção, e o mais importante deles é higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool gel, sobretudo quando houver contato com superfícies potencialmente contaminadas. Além disso, atentar para a etiqueta respiratória - cobrir a boca e o nariz com o antebraço ao tossir ou espirrar - e evitar levar as mãos ao rosto antes de higienizá-las. Apenas pessoas com sintomas respiratórios devem usar máscara comum para evitar contaminação do ambiente e não há recomendação para uso de luvas. A disseminação do vírus acontece por meio de gotículas que se formam através da fala, da tosse ou de espirros e contêm os vírus. Uma pessoa contaminada pode disseminar essas gotículas entre um e dois metros de distância. O tempo que o novo coronavírus permanece nas superfícies pode variar de duas horas até cerca de cinco dias, de acordo com o material, portanto também é recomendada a higienização de superfícies com álcool ou água sanitária diluída em água. Os principais sintomas são febre, tosse e falta de ar. Entretanto, a febre pode estar ausente, principalmente em idosos e pessoas imunocomprometidas. Manifestações menos frequentes são cansaço, dores no corpo e coriza. O isolamento social é importante e necessário, com o objetivo de diminuir o pico de casos. O principal grupo de risco são os idosos, que devem seguir todas as medidas de precaução, em especial o isolamento, já que a transmissão pode ocorrer por meio de pessoas ainda assintomáticas. Outros grupos de risco já reconhecidos são pessoas com doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabetes, doenças respiratórias e imunocomprometidos. Os cuidados também devem ser reforçados com crianças, é possível que esse seja um grupo pouco diagnosticado em função de não manifestarem muitos sintomas, mas podem ser uma fonte de transmissão. O ideal é evitar exposições desnecessárias. Para finalizar, fica a mensagem de que, para efetivamente reduzir a curva de casos da covid-19, é preciso colaboração de todos. Por Marina Rodrigues, infectologista do Hospital São Lucas da PUCRS