SOS Enchentes no Sul: hospital São Lucas da PUCRS lança campanha para ajudar colaboradores atingidos pelas chuvas

Até 24 de maio, mais de 200 colaboradores estão desalojados ou desabrigados

O Rio Grande do Sul vive hoje uma tragédia climática sem precedentes, com mais de 150 mortes, milhares de pessoas desabrigadas e outras centenas de milhares desalojadas. Há cidades completamente submersas no Estado e voluntários e poder público trabalham incansavelmente para salvar vidas. Com a tragédia que atinge todo o RS, O Hospital São Lucas da PUCRS, entidade filantrópica com 47 anos de atuação, está recebendo pacientes de todo o Estado, encaminhados à instituição pela gravidade de seus casos e pela falta de estrutura adequada neste momento em demais cidades. Até agora, centenas de vítimas da enchente foram atendidas no hospital.

Ainda no fim de semana do início das inundações, nossas equipes de Desenvolvimento Humano e Organizacional, junto à direção, iniciaram o mapeamento dos colaboradores do HSL atingidos pelas enchentes e que perderam suas casas ou tiveram suas residências seriamente atingidas. Em um projeto solidário, estamos atuando para recolher e entregar cestas básicas, além de termos montado um alojamento para acolher mais de 30 colegas desabrigados. Já são mais de 200 colaboradores atingidos de forma severa.

Como auxiliar os colaboradores atingidos

A instituição abriu uma chave-PIX para receber valores que serão destinados a compras de produtos alimentícios e de higiene aos colaboradores, além de destinar os valores, futuramente, à compra de eletrodomésticos ou mesmo a um auxílio na reconstrução de casas. Os valores podem ser doados através da chave [email protected].

Atuação SUS para o Estado e para todo o Brasil

O impacto da chuva na área SUS pode ser considerado grave uma vez que no HSL, onde 2.746 colaboradores atuam e 2.903 médicos salvam vidas, milhares de pacientes são acolhidos com a excelência e o cuidado que merecem. Somente em 2023 - de janeiro a dezembro, foram 2.182.644 de atendimentos em âmbito ambulatorial para o Sistema Único de Saúde - incluindo tratamentos, terapias, exames de imagem e consultas, além de 17.716 internações.

Cerca de 50% dos pacientes vêm da Capital e da Grande Porto Alegre, enquanto a outra metade sai cedo de suas cidades para um atendimento no HSL. São gaúchos de municípios como Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Eldorado do Sul (estes gravemente atingidos pelas enchentes), além de Montenegro, Guaporé, Erechim, Frederico Westphalen, Santana no Livramento, Santa Maria, Santo Cristo, Pelotas, Rio Grande, Caxias do Sul, e tantos outros. Por isso, o impacto acaba sendo em nível estadual e a reconstrução é uma demanda urgente para quem já é atendido e para outros que já estão buscando ou ainda irão buscar o HSL. O HSL também tem forte atuação no atendimento a pacientes de outros estados, principalmente em áreas de grande complexidade, como neurologia (cirurgia da epilepsia), cardiologia e oncologia.

Atuação Marista: impacto e acolhimento para a população vulnerável

Como maristas, sabemos que as tragédias climáticas atingem primeiramente aqueles que são mais vulneráveis, fazendo diferenciação social. São pessoas necessitadas em vários aspectos e que, agora, mobilizam a todos por um atendimento efetivo. No São Lucas, essa diferenciação não existe. Atendemos pacientes oriundos do SUS, por convênio ou de forma particular da mesma forma, acolhendo, cuidando e salvando muitas vidas todos os dias.

O acolhimento que está presente na essência do nosso cuidado se estende a todo o Rio Grande do Sul. A atuação da Rede Marista compreende mais de 4 mil pessoas que são atendidas de forma direta e indireta em 16 unidades sociais próprias, que têm como objetivo promover a inclusão e minimizar o impacto das desigualdades sociais, educacionais e econômicas, principalmente para crianças e adolescentes. A região das Ilhas na Capital também é severamente afetada e hoje a Rede está acolhendo cerca de 1.000 pessoas que estão desabrigadas nestas regiões e em outras partes do Estado.